segunda-feira, 25 de agosto de 2014

OS MERCENÁRIOS 3

 

Por Diego Betioli

  Stallone.
  Schwarzenegger.
  Mel Gibson.
  Harrison Ford.

  Estes quatro nomes bastariam para estremecer qualquer cinema nas décadas de 70, 80 e início dos anos 90. Os eternos Rocky Balboa, Terminator, Mad Max e Han Solo/Indiana Jones são personagens que estão marcados definitivamente no consciente coletivo de infinitos cinéfilos que cresceram pirando em seus filmes, reproduzidos nas décadas em que foram criados e mesmo nas posteriores. Mas muitos anos depois de seu auge e hoje sessentões (no caso de Ford, setentão), o que estes mitos ainda podem oferecer ao cinema?
  Juntos, um filme extremamente divertido e repleto de homenagens a eles próprios e seus fãs - assim como foram os dois filmes antecessores da franquia. Nos dois primeiros Mercenários, Sylvester Stallone conseguiu reunir, além do eterno contemporâneo Arnold Schwarzenegger, outras lendas como Bruce Willis, Mickey Rourke, Dolph Lundgren e Jean-Claude Van Damme, além da participação de outros nomes dos filmes de ação como Gary Daniels, Jason Statham e Jet Li, e os lutadores Steve Austin e Randy Couture. A proposta básica de ambas as produções foi reunir toda a galera em uma ação desenfreada, por vezes absurda, com testosterona explodindo na tela a todo momento, em uma verdadeira celebração de suas vitoriosas e míticas carreiras premiadas pelos filmes e papéis que marcaram toda uma geração de longas de ação. E o segundo filme ainda teve a participação de ninguém menos que Chuck Norris.
  O terceiro filme não foge à regra,e além de contar com Gibson e Ford, traz ainda Wesley Snipes - o eterno Blade - e Antonio Banderas. A premissa é basicamente a mesma: os Mercenários devem deter um vilão megalomaníaco que trafica armas para regimes ditatoriais ao redor do mundo. A diferença deste é que, pela primeira vez, o roteiro recebe uma pincelada maior de profundidade, mesmo que sutil. A trama se inicia com o resgate de Doc (Snipes), membro da formação original da equipe fundada por Barney Ross (Stallone), que estava confinado nas mãos de um ditador. Juntos, o grupo completado por Gunner (Lundgren), Christmas  (Statham), Caesar (Crews) e Toll (Couture) parte para um país africano com a missão de deter Stonebanks (Gibson), um influente traficante de armas bélicas que possui vínculo direto com a origem dos Mercenários. E é neste cenário que se desenvolve a estória.



  O personagem de Gibson é a peça-chave deste filme. Diferente do "Villain" mequetrefe interpretado por Van Damme no longa anterior (que se destacou somente pela cena de luta e o clássico chute giratório no ar) e do magnata vivido por Eric Roberts no primeiro, o novo vilão possui maior profundidade, interfere diretamente em todos os pontos que se desenrolam na trama e tem uma forte ligação com o protagonista, criando mesmo que brevemente um laço real entre herói e vilão. Muito, claro, devido à boa atuação de Mel Gibson mesmo diante de um personagem corriqueiro.
  Wesley Snipes volta em grande estilo. Mesmo sendo coadjuvante, mostra que está em forma e que pode ainda fazer muitos filmes de ação. A participação de Harrison Ford não é tão grande, mas só de vê-lo pilotar uma aeronave (um helicóptero, no caso) é impossível não notar a homenagem a Han Solo. E quem rouba mesmo a cena é Antonio Banderas. O mercenário vivido pelo ator espanhol é hilário e proporciona altas gargalhadas toda vez que aparece. Há ainda as participações especiais de Kelsey Grammer (Sideshow Bob de Os Simpson e o Fera de X-Men 3) e Robert Davi (Jake Fratelli de Os Goonies).
  Mesmo repleta de clichês já esperados, a estória possui algumas pequenas reviravoltas que desencadeiam na aparição de novos membros para os Mercenários, deixando a entender que é possível, no futuro, que estes novos personagens deem continuidade à saga caso Stallone decida deixar o projeto e os personagens mais velhos sejam aposentados. O filme não inova, não possui grande apelo dramático e sequer um grande desfecho - mas não é por isso que a franquia é conhecida, e sim pela sensação impagável de ver grandes ídolos das telonas reunidos em um mesmo filme, fazendo o que sabem de melhor: chutar traseiros!
  Fica a expectativa para ver quem pode estar em um próximo filme. Quem sabe Rutger Hauer, Steven Seagal ou Kurt Russel?


F*da!

domingo, 24 de agosto de 2014

MUD - AMOR BANDIDO

"Há coisas neste mundo das quais pode se safar...e coisas das quais não pode."

Por André Betioli.

No filme, dois adolescentes (Tye Sheridan e Jacob Lofland) acabam sem querer, descobrindo o esconderijo de Mud (Matthew McConaughey), um fugitivo da polícia. Secretamente, os garotos acabam criam uma amizade com ele. Após algumas conversas, eles acabam descobrindo um pouco da história de vida de Mud, e se propõem a ajudá-lo a reencontrar a mulher da sua vida. (Resse Witherspoon). 

A obra trata de principalmente sobre amadurecimento. Com foco em relação ao amor, a perda da inocência, e que as vezes mesmo gostando muito de alguém, isso não basta para as coisas se encaixarem. Crescemos escutando diversas histórias sobre o amor verdadeiro e o quanto temos de dar valor a ele, e que se batalharmos muito, no final tudo dará certo.Porém, quando o amor aparece na vida real, ele não é tão simples como nas histórias.
Infelizmente no Brasil o nome do filme ficou como de uma novela: Amor Bandido. Este foi o primeiro trabalho que vi desta nova safra de filme do McConaughey. Me surpreendeu bastante, pois aquela imagem das comédias românticas ainda imperava na minha mente. A atuação dele é excelente, assim como a de Sheridan. O longa é um ótimo drama, com alguns momentos de tensão e outras com algumas sutilezas e pequenas reflexões. E além disso, mostrando o quão importante são as segundas chances, afinal, nada como um dia após o outro, um novo sorriso ou escutar os pássaros cantarem novamente.
"É preciso aprender o que vale à pena guardar e o que não vale."




 MUITO BOM! PERSONAGENS MARCANTES!

TED


Por Rodolfo Bezerra

Extremamente engraçado.

Na trama, o garoto John Bennett faz um desejo de que seu urso de pelúcia ganhe vida, já que ele não tem muitos amigos. No dia seguinte, o urso realmente ganha vida, só que, diferente do que se poderia imaginar em contos infantis, Ted vai ter de conviver com o mundo à sua volta, e as coisas não são tão incríveis e mágicas quando se poderia imaginar da vida de um urso falante.



Eis aí um filme que pode causar surpresa pela capa.
Se alguns pais pensam em assistir Ted junto com seus filhos, pelo fato do urso ganhar vida, eles podem se surpreender e se assustarem, pois Ted acaba se transformando, no decorrer do tempo, em um urso que fuma maconha, fala palavrões e que dá cantas em mulheres.

O longe é extremamente engraçado, e as interpretações dos atores está excelente.
Vale à pena pelas diversas cenas cômicas que o urso causa por simplesmente falar, discutir, brigar e viver como um humano qualquer.

Extremamente engraçado! 



A HORA DO VAMPIRO


Por Rodolfo Bezerra

De verdade.

Na trama, o escritor Ben Mears vai até a cidade de Jerusalem's Lot, onde passou boa parte de sua infância, e vai descobrir que um grande mal se esconde na cidade, um mal tão antigo e terrível quanto pode ser. O escritor contará com a ajuda de Mark, um garoto obcecado por filmes de terror.

O livro é perfeito, em todos os sentidos. Um verdadeiro terror.
Ele trata de vampiros como forças primitivas e terríveis, dignas de serem vampiros.
A narrativa é perfeita e a estória também, dignas de Stephen King.

Confesso que comecei a suspeitar de que meus vizinhos eram vampiros, juro.
A narrativa é tão envolvente, que todo o cenário de terror vai sendo montado aos poucos.
O livro mexe com fatos antigos, ancestrais, com a fé e a Igreja, ou seja, não é apenas um livro de vampiros. É O LIVRO DE VAMPIROS.

Perfeito!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

SHARKNADO



Por Diego Betioli

O que esperar de tornados e tubarões juntos?

  Sharknado responde: uma das estórias mais estapafúrdias que o cinema já viu. Ou a televisão, na verdade, já que se trata de um telefilme produzido em 2013 para o canal americano Syfy. A trama é bastante simples: uma violenta tempestade se aproxima da Califórnia e arrasta consigo cerca de vinte mil tubarões - 20 MIL - destruindo parte da Costa e forçando o protagonista Fin (Ian Ziering, de Barrados no Baile) e seus amigos à partirem para Los Angeles e resgatar sua esposa (Tara Reid, a Vicky de American Pie) e filhos, uma vez que a tempestade deve chegar lá.
  Ressalta-se aqui, uma vez, que é um filme trash, mas também não é possível precisar o quanto ele se leva a sério e o quanto se propõe a ser um filme de real terror. A única certeza é que é possível rir MUITO. As bizarrices estão por todos os lados: os tubarões são arrastados pelas trombas d'água e atirados por todos os lados, por todos os cantos - aparecem dentro de casas, em telhados, saindo de bueiros, em piscinas, e onde você puder imaginar, em momentos desconexos. Os efeitos especiais parecem ter saído de um jogo de PlayStation 1 (que na época tinha gráficos sensacionais, mas... isso, há 20 anos atrás), tornando os tubarões ainda mais toscos e as cenas de destruição bastante esquisitas. E acredite: isso ainda não é o pior.



  O roteiro parece ter sido concebido em um momento de embriaguez, ou feito por algum estudante adolescente. As cenas são completamente desconexas - por exemplo, a primeira cena do filme mostra uma negociata entre um capitão e um comprador japonês, que acaba sendo atacado por um tubarão, mas a influência desta cena sobre o restante da estória é completamente inexistente e poderia ser descartada.
  O desenvolvimento é repleto de furos, e as atuações, em especial de Ian Ziering, cujo protagonista possui um heroísmo terrivelmente fajuto, são algumas das piores já vistas. Os diálogos são bizarros - repletos de piadas fora de hora - e em momentos parece que os personagens já esqueceram o que aconteceu na cena anterior, como quando um personagem morre e na cena seguinte ele já parece ter sido esquecido por todos. Quanto aos momentos de ação, são um show a parte...
  Ressalta-se aqui, pela segunda vez, que é um filme trash - e por esse motivo fica realmente difícil dizer se ele é muito ruim ou se apenas cumpre sua função em ser bizarro. De qualquer modo, se você curte a coisa mal feita, vai se divertir e rir muito com esse filme, mas ainda assim, ele não é uma comédia propriamente dita, o que torna boa parte de seus 86 minutos realmente indigestos.
  E Sharknado 2 já está a caminho...


 Engraçado, mas intragável!

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS - EDGAR ALLAN POE



Por Rodolfo Bezerra

Quem não gosta de um bom terror?

Qualquer fã de Stephen King vai gritar (talvez com uma faca na mão...): "Eu!".
Então que tal ler os contos de um dos mais famosos antecessores de Stephen King no mundo do terror?

Histórias Extraordinárias traz os contos mais famosos de Edgar Alan Poe, trazendo à tona toda a essência de sua escrita que encanta pela naturalidade com a qual ele trata a morte, as trevas ou o terror em si.
Em alguns contos fica bem perceptível que algumas situações que deveriam ser aterradoras são tratadas por ele como se nada fossem, e isso aumenta ainda mais a sensação de horror e terror, características de um mestre da escrita desse tipo.

O modo com que são narrados os contos também é único, nos remetendo à uma época literária anterior à nossa, o que pode parecer estranho durante os primeiros minutos de leitura, mas não mais que isso. Quando menos se espera, o leitor já está para lá de acostumado com as técnicas de narrativa.

Histórias Extraordinárias é um daqueles livros que no meio dele surgem pensamentos como? "Minha nossa... isso aconteceu mesmo?"

Muito bom!

CONTRA O TEMPO



Por Rodolfo Bezerra

Um soldado possui uma missão complicada: assumir o corpo de um passageiro de um trem que explode vítima de um ato terrorista, a fim de descobrir quem acionou a bomba. Com um porém, ele só tem acesso aos últimos oito minutos de vida do passageiro.

Repetidas vezes ele tem que voltar aos oito últimos minutos do trem e dar uma de "Sherlock Holmes", o que é a síntese do filme. As interpretações são boas e as cenas de ação também. Não é aquele filme que te acrescenta algo ou que ficará marcado para sempre como um dos maiores de ação. É um filme de ação comum com um roteiro que se sobressai pela inovação.



O filme é bom, e por incrível que pareça, no final você se pergunta: "Já?", porque o filme com certeza é mais rápido do que se imagina, talvez seja algo ligado ao "tempo", vai saber...


Frase do filme: "O que você faria se soubesse que tem um minuto de vida?
- Iria fazer valer a pena cada segundo."

Normal.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A CIDADE DA NEBLINA


Por Diego Betioli

  O selo Vertigo costuma trazer obras que fogem de abordagens habituais, e por isso sempre me chama a atenção. Não foi diferente quando adquiri esta obra na Fest Comix: simplesmente apostei na Vertigo e na capa, que achei interessante, além do título. Nunca tinha ouvido falar da HQ.
  Posso falar que foi uma boa aposta. A Cidade da Neblina pertence ao selo Vertigo Crime, caracterizado por obras em preto e branco que geralmente abordam temática policial, como é este caso. Como fã de histórias do gênero, fui rapidamente envolvido pela trama e as primeiras páginas já me prenderam a atenção.
  A estória escrita por Andersen Gabrych e desenhada por Brad Rader aborda uma São Francisco no início dos anos 50, num período da participação dos EUA na Guerra da Coréia. Nela se encontra o detetive particular Frank Grissel - um sujeito marrento, boca-suja, beberrão e misterioso, mas com a inteligência e o destemor que um bom detetive deve possuir.
 A saga de Frank tem início quando uma mulher o procura para que possa encontrar sua filha desaparecida, Carmen. Relutante em aceitar o serviço, acaba cedendo por pressão de sua secretária, Loretta. A partir deste ponto, Frank se vê envolvido em uma trama que envolve prostitutas, imigração, tráfico de influência, seitas religiosas, relações familiares, sexo e dinheiro. O detetive também percebe que o caso está diretamente relacionado à sua vida pessoal e que, para resolvê-lo, terá de enfrentar seus próprios demônios.


  Reviravoltas acontecem o tempo todo, o que torna a estória relativamente curta (175 páginas) envolvente e imprevisível, sendo capaz de surpreender o leitor a cada virada de página. Os detalhes são essenciais, e captá-los se torna um diferencial para o entendimento da trama e seu desfecho - no entanto, ressalta-se que a leitura flui fácil. O traço de Rader traduz perfeitamente o contexto que a estória pretende transmitir - é sombrio, desconcertado e capta as emoções sempre à flor-da-pele em meio à toda tensão existente nela. Cenas de violência e sexo também são expostas na obra à medida que se fazem necessárias, mas não possuem apelo visual tão forte, em parte também pelo P & B.
  Por fim, é uma HQ recomendada para qualquer fã do gênero policial ou de temática noir. Se você curte a Vertigo, esta aí uma ótima recomendação. Se apenas procura uma boa estória, também irá encontrar.


Muito bom!

terça-feira, 29 de julho de 2014

OS GOONIES (LIVRO) - EDIÇÃO ESPECIAL 30 ANOS


Por Diego Betioli

  Muita nostalgia!
  Se você cresceu nos anos 80 ou 90, possivelmente Os Goonies fizeram parte da sua infância. O filme dirigido por Richard Donner e produzido por Steven Spielberg é um dos maiores marcos dos filmes de aventura juvenis, e um simbolo da década de 80. Particularmente, é o filme que marcou minha infância, graças aos inúmeros reprises que foram exibidos na década de 90, e um dos meus preferidos de todos os tempos.
  O livro escrito por James Kahn foi lançado simultaneamente ao filme em 1984 e segue fielmente a saga de Mikey, Bocão, Dado, Gordo, Brand, Andy e Stef atrás do tesouro de Willy Caolho para salvar suas casas da hipoteca. A grande diferença é a narrativa, em primeira pessoa, que se dá através da visão de Mikey - aliás, é um grande ponto forte do livro, permitindo que toda a atmosfera juvenil e aventuresca do filme seja transmitida em essência ao leitor. Mikey conta toda a estória incrível pela qual os Goonies passam ao mesmo que todas as suas emoções, pensamentos e anseios adolescentes são descritos, tornando cada detalhe extremamente divertido e nostálgico. É impossível não se imaginar no lugar dele nos colocando em nossa adolescência. Os momentos de bom humor também estão garantidos com Bocão e suas piadas, que aqui são mais ácidas que as transmitidas pelo filme, Dado se enrolando com suas invenções e Gordo sempre atemorizado e atrapalhado. 
  Os momentos mais tocantes também ganham uma profundidade muito grande na obra escrita. Cenas chave como a aparição de Sloth, o poço dos desejos, o beijo no túnel, a câmara do órgão e a sala dos tesouros são descritas de forma fantástica e capazes de emocionar e arrepiar o leitor. O final então, nem se fala. Há ainda outro diferencial em relação ao filme: um epílogo em forma de jornal, descrevendo alguns fatos sobre o destino dos personagens após o fim da saga.
  Tive o prazer de adquirir a edição comemorativa de 30 anos (vide foto acima), lançada pela editora Darkside, que contém um extra muito bacana: um poster-mapa do tesouro de Willy Caolho! Além de muito bonito, o mapa permite que você acompanhe algumas descrições feitas por Mikey sobre a trilha dos personagens rumo ao tesouro do pirata, somando mais um ponto positivo à narrativa escrita. Deve ficar muito bem também emoldurado na parede do quarto.

Poster-mapa do tesouro. Acompanha a edição comemorativa
  Se você nunca assistiu ou sequer ouviu falar dos Goonies, não é desculpa para não conhecer esta obra. O livro possui uma narrativa leve, empolgante, recomendada para qualquer leitor que busque uma estória de aventura que envolva personagens cativantes e um objetivo a ser conquistado pelos heróis. A vontade de assistir ao filme após o término do livro é imediata - e garanto novamente: você não irá se arrepender!


Slooooooooooooth!!!

domingo, 27 de julho de 2014

SAGA HARRY POTTER


Por Rodolfo Bezerra.

Mágico.

Perfeito, perfeito e perfeito.
Dissecar criticamente essa obra levaria dias e dezenas de páginas para que se pudesse fazer justiça à tudo o que esses livros têm a oferecer ao leitor.

Confesso que sempre fui contra a série (sem ter lido-a) devido aos filmes que nunca me atraíram (e que ainda hoje vejo com certas relutâncias).
Porém, quando me foi dada a chance de ler os livros, me encantei completamente pela trama, pela maneira da escritora descrever os fatos e pelos personagens (resumindo: tomei um dos maiores tapas na cara da minha vida. rs).

Harry Potter apresenta uma trama completamente original, mas ao mesmo tempo se utiliza de diversos fatores para manter o enredo vivo e interessante.
Todos os seus mistérios (que lembram muito livros de detetives) e toda sua magia (fazendo conexão com livros de mundos mágicos) são combinações perfeitas para os personagens que apenas vão criando vínculos cada vez mais fortes com os leitores.

Outro fator que torna a série incrível, é que ela amadurece junto com os personagens.
Ou seja, conforme Harry e sua turma vão crescendo (um ano a cada livro), a trama vai ficando mais madura e mais tensa, como se realmente cada livro significasse um ano de faixa etária de censura.

Outro fator incrível de Harry Potter são suas mortes (que não citarei para não dar spoilers). Na série, morre personagens incríveis e muitas das tristezas sentidas pelos personagens nesses momentos são facilmente passadas aos leitores.

A trama principal também é perfeita (Harry vs Voldemort) e conforme cada livro vai sendo lido, mais intensa e incrível a relação dos dois bruxos vai se tornando.

No mais, J. K. Rowling é com certeza uma das melhores escritoras de nossa época, por criar uma saga tão mágica e viciante como Harry Potter.

Não leu ainda??????


O ÚLTIMO EXORCISMO


Por Rodolfo Bezerra


Na verdade... penúltimo.

Na trama, um reverendo charlatão decide fazer seu último exorcismo e gravá-lo com uma câmera, tudo para promover-se na mídia e prolongar sua carreira. Mas, o que ele não esperava é que se depararia com uma situação real de exorcismo e com um caso bem mais diferente do que o que esperava.





Me recuso à assistir filmes de exorcismo (por motivos diversos...), mas à este resolvi dar uma chance.
O filme tem diversas cenas assustadoras e tensas, e isso é um de seus lados bons, mas claro que o forte da trama com certeza são as reviravoltas (três no total) que conseguem tornar o enredo do filme bastante surpreendente desde o início.
Assim sendo, quando você acha que finalmente entendeu a trama, ela dá uma reviravolta e nada mais é o que parece.


Vale à pena por essas reviravoltas e um pouco pelo terror do filme.



Filme normal.

HELENO



Por Diego Betioli

 Como fanático por futebol, a história de grandes jogadores do passado sempre me fascinou. O futebol era mais romantizado, e é neste espaço que figuras como Heleno de Freitas ficariam marcadas para sempre na história. Já tinha ouvido sobre Heleno antes mesmo do filme ser lançado, mas não conhecia muito a respeito. Lendo sua história em um blog esportivo esses dias, fiquei instigado e lembrei-me do filme. Sabia que precisava assisti-lo. Logo!

  Heleno de Freitas foi um dos maiores jogadores da história do Botafogo e da Seleção Brasileira. Marcou 209 gols em 235 jogos pelo clube carioca, e foi campeão da Copa Roca pelo Brasil em 1945 e artilheiro da Copa América do mesmo ano. Tão genial quanto tempestivo, o nome de Heleno ficou marcado pela artilharia nata e pela vida boêmia que levava. Era mulherengo, temperamental e egocêntrico, o que lhe fez colecionar diversos desafetos dentro e também fora das quatro linhas. Casou-se com Ilma, com quem teve um filho - Luiz Eduardo - e foi acometido por sífilis, que o levou à loucura e posteriormente à morte, aos 39 anos de idade. Foi o primeiro jogador brasileiro a receber salários a nível de estrela de cinema. E, de fato, Heleno viveu como uma.



  Dirigido por José Henrique Fonseca, uma das grandes sacadas do filme é sua maravilhosa fotografia. A obra é toda rodada em P & B, o que consegue transmitir de forma natural e satisfatória a ambientação nos anos 40 e 50, e que dá a saga de Heleno o ar de luxúria e boêmia cinquentista que sua vida teve,  e que também torna denso e depressivo a sua passagem pelo sanatório em Barbacena. O filme, aliás, é narrado entre transições do auge de sua carreira, entre os anos 40 e 50, e seus últimos anos em decadência mental e física no fim dos anos 50.
  Quem encarna o Príncipe Maldito é Rodrigo Santoro, que, diga-se de passagem, o faz com maestria. Santoro é um daqueles atores que conseguem de fato captar a essência do que deve representar - no caso, de quem - e não à toa é um dos maiores nomes do cinema brasileiros já há tempos. Sua encarnação do galã debochado e o temperamento explosivo e arredio é mais do que convincente - o folclórico Heleno está presente em cada grito e cantada despejada por Santoro no filme. Fatores marcantes como a frustração de Heleno em nunca ter disputado uma Copa do Mundo, sua paixão pelo Botafogo, o vício em éter e lança-perfume e a violenta auto-cobrança que exercia - exigindo nunca menos do que o máximo de si - são representados em essência pelo ator.




  Na que considero a melhor cena do filme, Heleno demonstra sua paixão pelo Botafogo de maneira ensandecida, resgatando a imagem do jogador de futebol heroico - aquele que jogava pelo clube e pela torcida. Mesmo sendo o mais caro do elenco, Heleno discursa que o jogador deve jogar pela camisa e pela vitória, e que só por ela deveria receber. Ele não precisava daquele dinheiro - já tinha conquistado fama e glória suficientes - mas queria ser campeão pelo Botafogo. Queria jogar uma Copa do Mundo. Mas não conseguiu.
  Como toda obra biográfica, alguns detalhes ficam em segundo plano ou mesmo acabam não sendo contados. Sua passagem pelo Santos não foi retratada, assim como pelo Junior de Barranquila, da Colômbia (a única coisa exibida sobre este período é a relação com prostitutas colombianas). A única partida que disputou no Maracanã, pelo América, é contada bem por cima - Heleno foi expulso ainda no primeiro tempo e esta foi sua última partida como profissional, o que já poderia dar o gancho para sua internação no sanatório. A relação com a mãe, com a qual Heleno é mostrado em conversas por telefone algumas vezes, é pouco aprofundada. No entanto, nenhum destes fatores se torna comprometedor em qualquer aspecto na narrativa da trajetória do craque.
  Seu casamento com Ilma, que no filme se chama Silvia e é interpretada por Alinne Moraes (Ah, Alinne Moraes!...) recebe mais atenção no período anterior ao nascimento do filho, mas se torna fator crucial na queda do astro quando volta da Argentina e vê que ela, assim como seu filho, não farão mais parte de sua vida. Heleno percebe que sempre será, assim como é conhecido o Botafogo, uma Estrela Solitária, em virtude de sua genialidade e a forma de viver no limite, como alguém que não é capaz de abandonar suas convicções e que tem coragem para falar o que vem à mente - um comportamento que acaba sempre por afastar as pessoas.
  Outros personagens de destaque na trama são Alberto (Erom Cordeiro), capitão do Botafogo e melhor amigo de Heleno, a cantora portenha Diamantina (Angie Cepeda), com quem o botafoguense tem um caso, e o presidente do clube, Carlito Rocha, vivido pelo lendário Othon Bastos. Há algumas participações especiais, como um locutor vivido por Gregório Duvivier.




  Heleno não é um filme sobre o futebol em si, mas sobre a ascensão e queda de um homem motivado pela paixão irrefreável por viver e pelo que fazia de melhor. Uma história que vale muito a pena de ser conhecida, e que, no final, nos deixa com uma leve vontade de torcer pelo Botafogo e de, quem sabe, viver um pouco mais intensamente.

Excelente!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

DISTRITO 9



 Por Diego Betioli

 Falar sobre a existência e a possível chegada de alienígenas ao nosso planeta muitas vezes remete ao comportamento humano. E é justamente com a chegada de extraterrestres ao planeta Terra como plano de fundo que Distrito 9 aborda, na verdade, as diversas facetas da existência humana.
  Na trama do longa dirigido por Neil Blomkamp e produzido por Peter Jackson, em 1982 uma gigantesca nave pousou sobre os céus de Johanesburgo, na África do Sul, sem explicação aparente. Os tripulantes da nave, uma raça de alienígenas que passa a ser apelidada de “camarões”, são resgatados em condições de subnutrição e acabam sendo abrigados pelos humanos. Para tal, é criado o Distrito 9 – um gueto militar no qual os aliens são segregados e tratados em condições desfavoráveis.



  Passados 20 anos, a existência dos “camarões” gera não só um ambiente de hostilidade na própria Johanesburgo – os alienígenas se procriaram , cresceram em número e desenvolveram rotinas humanas no Distrito 9 – mas também de grupos ligados aos direitos humanos no mundo todo. Diante da tensão, o Governo sul-africano contrata a MNU, uma empresa militar privada, pra realocar os aliens em um local ainda menor – o Distrito 10. Para comandar a missão de despejo e realocação, é designado Wikus van der Merwe (Sharlto Copley), um sujeito arrogante que possui profundo ódio pela raça de alienígenas, e também genro do cabeça da MNU. A missão tem, na verdade, um plano de fundo muito mais ambicioso do que a simples remoção e segregação dos aliens: a aquisição de todo o arsenal e tecnologia que carregam, o que, nãos mãos certas, poderia gerar muito dinheiro.
  É justamente em meio à esta missão que Wikus assume o papel de protagonista – uma função que até então não era evidenciada no filme. Evitando spoilar muito, pode-se dizer que, devido a um incidente durante a ordem de despejo, Wikus acaba sofrendo uma intervenção que o colocará do outro lado do jogo, ou seja, do lado dos camarões. O personagem passa por uma crise de aceitação e, de caçador, torna-se caça – enfrentando na pele todo o preconceito e ódio que despejava sobre os extraterrestres. Sua única salvação estará nas mãos do alien Christopher – personagem chave na evolução do roteiro e na transformação vivida pelo personagem de Sharlto Copley - e seu pequeno e inteligente filho.



 
  Os aliens são metáfora para a abordagem de diversas crises sociais, como o tratamento dado a imigrantes, a corrida armamentista, o tráfico de influência e o aproveitamento do bem alheio. A existência do tráfico de armas, promovido por nigerianos dentro do Distrito 9, mostra como o comportamento do homem seria exatamente igual ao que é hoje mediante uma invasão alienígena. A raça humana não se uniria em prol de um bem maior. Muito pelo contrário, os problemas sociais existentes seriam ainda mais agravados.
  O grande diferencial de Distrito 9 é ser um filme de ficção científica alienígena que volta seus olhos para dentro, ou seja, não para o espaço, mas para o nosso planeta e para nossa espécie.

Muito bom!

SAGA CREPÚSCULO




Por Rodolfo Bezerra

Vamos a um post polêmico? Ok!

Eis aí uma febre literária que invadiu o mundo do cinema como não se via desde os tempos de Harry Potter, e com um público até um pouco diferente do contemporâneo mago.



A saga Crepúsculo conta a estória de Bella, uma americana qualquer com aquela famosa síndrome de solidão ou aquele compartilhado sentimento de deslocamento social. Tendo seus próprios problemas pessoais (pais separados, etc), ela se muda para a cidade de Forks, um local com uma temperatura totalmente diferente de Phoenix, e com uma população bem diferente também da que ela está acostumada.
Como em qualquer mudança para um jovem, Bella vai tentar encontrar seu espaço nesta cidade e principalmente em sua nova escola, mas ao chegar lá, ela percebe que uma grande fama persegue um grupo de estudantes que, por sinal, são todos irmãos: A família Cullen.
Todos são populares, atraentes e incríveis, porém, isolados. Sempre viajam durante o verão e depois voltam. Moram longe da cidade. Fatores que, em uma escola, cria certa reputação e atenção especial.
Bella mal imagina de início, mas ela começa a se envolver com um deles, Edward Cullen, e daí para frente, sua vida irá mudar de uma maneira como ela jamais imaginaria. Transformações muito maiores do que o simples descobrimento de um amor verdadeiro.

O livro cria sua própria mitologia de vampiros e lobisomens, e isso nunca foi pecado algum no mundo literário. Aqui, os vampiros não morrem ao sol, mas sim, brilham como diamantes ou algo do tipo quando expostos à luz solar. Cruzes, alhos e água benta também não afetam os mortos vivos dessa saga, e os vampiros aqui são mostrados sem o lado malígno ou algo parecido pelo qual estão acostumados e muitas vezes "batidos" por todas as mídias.

Stephenie Meyer criou seu próprio mundo vampiresco, e isso tem de ser respeitado, pois pelos números de vendas, deu certo.

Não se pode dizer que Crepúsculo tenha um valor imortal literário ou que se iguala á clássico da literatura. Claro que não. Mas ele atende perfeitamente ao que se propôs fazer: criar um romance entre uma humana e um vampiro que virasse uma frebre internacional.

E queira ou não, o casal Bella e Edward (e Jacob...) ficará para sempre conhecido no mundo literário, seja pelos aspectos bons (para quem gosta) ou ruins (para quem não aprecia a saga).

Fica também bastante claro que os filmes estragaram um pouco os encantos dos livros (que enquanto não tinham virado febres no cinema, eram livros bastante cultuados pelos fãs antes mesmo de chegar ao Brasil) com atuações fracas dos protagonistas e com uma visão bem mais comercial do que os livros.

E por que esse post é polêmico?
Porque sou homem e fã e defensor da saga escrita. XD


Muito bom!

007 CASSINO ROYALE




Por Rodolfo Bezerra

 E eu pensando que Skyfall me fez gostar do James Bond.

Na trama, o agente mais conhecido do mundo cinematográfico é apresentado em sua primeira missão, onde tem de perseguir Le Chiffre, um mafioso que estará em um torneio de pôker extremamente difícil de ser vencido.




Logo de cara, no início do filme, já fica bem claro que se trata de um James Bond diferente dos demais. Mais agressivo, mais violento, mais explosivo. Daniel Craig traz em sua atuação toda a "modernidade" que a série precisava ou esperava apresentar, interpretando um 007 bem mais "maleável" e adequado aos padrões atuais de filmes de ação.
 
O Craig arrasa no filme. Fora que, vale ressaltar as cenas do jogo do pôker que botam qualquer coração na garganta. O incrível é que você se pega realmente torcendo para ele ganhar.

E quando parece que o filme está em seu fim... Boom! Revelação da trama! Mais que aprovado como James Bond.

Excelente!

domingo, 20 de julho de 2014

CRÔNICAS DE NÁRNIA



Por Rodolfo Bezerra

 É com certeza um livro incrível.
Nessa versão, estão os sete livros das Crônicas de Nárnia compilados em um único livro.

Na trama, através de um guarda roupa, quatro crianças humanas são levadas a um lugar mágico, chamado Nárnia, um mundo onde os animais falam e muitas outras coisas fantásticas acontecem, mas que no presente, sofre com um inverno que não tem fim, e cuja razão se encontra em uma feiticeira.
Daí para frente e nos livros seguintes, a trama se desenrola, misturando aventura, filosofia, teologia, ação, comédia e toda uma mistura de fatores que fizeram de Crônicas de Nárnia um dos melhores livros de todos os tempos.

Ele é totalmente diferente do que parece ou da ideologia que demonstra através da mídia do cinema.
Quem não conhece a estória, pode acabar sendo guiado pelos filmes, que em sua maioria se apresenta apenas como uma grande aventura fantasiosa e nada mais. Uma pena, pois este livro tem muito à que acrescentar ao mundo, principalmente às crianças no que condiz à religiosidade, inocência, sonhos, perseverança e a manter a infância em seu sentido mais puro (coisa que sabemos ser raridade hoje em dia com as crianças querendo deixar de serem crianças).

Comprei pensando que iria ler um livro de aventura e acabei descobrindo que ele na verdade possuía um sentido totalmente cristão. Esse livro foi uma das maiores aulas de teologia cristã que já li.


C. S. Lewis demonstra ser um gênio da literatura neste livro.

Excelente!