segunda-feira, 25 de agosto de 2014

OS MERCENÁRIOS 3

 

Por Diego Betioli

  Stallone.
  Schwarzenegger.
  Mel Gibson.
  Harrison Ford.

  Estes quatro nomes bastariam para estremecer qualquer cinema nas décadas de 70, 80 e início dos anos 90. Os eternos Rocky Balboa, Terminator, Mad Max e Han Solo/Indiana Jones são personagens que estão marcados definitivamente no consciente coletivo de infinitos cinéfilos que cresceram pirando em seus filmes, reproduzidos nas décadas em que foram criados e mesmo nas posteriores. Mas muitos anos depois de seu auge e hoje sessentões (no caso de Ford, setentão), o que estes mitos ainda podem oferecer ao cinema?
  Juntos, um filme extremamente divertido e repleto de homenagens a eles próprios e seus fãs - assim como foram os dois filmes antecessores da franquia. Nos dois primeiros Mercenários, Sylvester Stallone conseguiu reunir, além do eterno contemporâneo Arnold Schwarzenegger, outras lendas como Bruce Willis, Mickey Rourke, Dolph Lundgren e Jean-Claude Van Damme, além da participação de outros nomes dos filmes de ação como Gary Daniels, Jason Statham e Jet Li, e os lutadores Steve Austin e Randy Couture. A proposta básica de ambas as produções foi reunir toda a galera em uma ação desenfreada, por vezes absurda, com testosterona explodindo na tela a todo momento, em uma verdadeira celebração de suas vitoriosas e míticas carreiras premiadas pelos filmes e papéis que marcaram toda uma geração de longas de ação. E o segundo filme ainda teve a participação de ninguém menos que Chuck Norris.
  O terceiro filme não foge à regra,e além de contar com Gibson e Ford, traz ainda Wesley Snipes - o eterno Blade - e Antonio Banderas. A premissa é basicamente a mesma: os Mercenários devem deter um vilão megalomaníaco que trafica armas para regimes ditatoriais ao redor do mundo. A diferença deste é que, pela primeira vez, o roteiro recebe uma pincelada maior de profundidade, mesmo que sutil. A trama se inicia com o resgate de Doc (Snipes), membro da formação original da equipe fundada por Barney Ross (Stallone), que estava confinado nas mãos de um ditador. Juntos, o grupo completado por Gunner (Lundgren), Christmas  (Statham), Caesar (Crews) e Toll (Couture) parte para um país africano com a missão de deter Stonebanks (Gibson), um influente traficante de armas bélicas que possui vínculo direto com a origem dos Mercenários. E é neste cenário que se desenvolve a estória.



  O personagem de Gibson é a peça-chave deste filme. Diferente do "Villain" mequetrefe interpretado por Van Damme no longa anterior (que se destacou somente pela cena de luta e o clássico chute giratório no ar) e do magnata vivido por Eric Roberts no primeiro, o novo vilão possui maior profundidade, interfere diretamente em todos os pontos que se desenrolam na trama e tem uma forte ligação com o protagonista, criando mesmo que brevemente um laço real entre herói e vilão. Muito, claro, devido à boa atuação de Mel Gibson mesmo diante de um personagem corriqueiro.
  Wesley Snipes volta em grande estilo. Mesmo sendo coadjuvante, mostra que está em forma e que pode ainda fazer muitos filmes de ação. A participação de Harrison Ford não é tão grande, mas só de vê-lo pilotar uma aeronave (um helicóptero, no caso) é impossível não notar a homenagem a Han Solo. E quem rouba mesmo a cena é Antonio Banderas. O mercenário vivido pelo ator espanhol é hilário e proporciona altas gargalhadas toda vez que aparece. Há ainda as participações especiais de Kelsey Grammer (Sideshow Bob de Os Simpson e o Fera de X-Men 3) e Robert Davi (Jake Fratelli de Os Goonies).
  Mesmo repleta de clichês já esperados, a estória possui algumas pequenas reviravoltas que desencadeiam na aparição de novos membros para os Mercenários, deixando a entender que é possível, no futuro, que estes novos personagens deem continuidade à saga caso Stallone decida deixar o projeto e os personagens mais velhos sejam aposentados. O filme não inova, não possui grande apelo dramático e sequer um grande desfecho - mas não é por isso que a franquia é conhecida, e sim pela sensação impagável de ver grandes ídolos das telonas reunidos em um mesmo filme, fazendo o que sabem de melhor: chutar traseiros!
  Fica a expectativa para ver quem pode estar em um próximo filme. Quem sabe Rutger Hauer, Steven Seagal ou Kurt Russel?


F*da!

Um comentário:

  1. Mickey Rourke, Robin Shou o Liu Kang, Danny Trejo, Quentin Tarantino, Robert Downey Jr, Paul Hogan o crocodilo dundee, Ailton Carmo do filme nacional Besouro, A Família Sardinha da novela da cor do pecado e você Diego Betioli. São minhas sugestões para o próximo filme.
    Faça com que cheguem nos produtores. VLW FLW \o/

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