terça-feira, 29 de julho de 2014

OS GOONIES (LIVRO) - EDIÇÃO ESPECIAL 30 ANOS


Por Diego Betioli

  Muita nostalgia!
  Se você cresceu nos anos 80 ou 90, possivelmente Os Goonies fizeram parte da sua infância. O filme dirigido por Richard Donner e produzido por Steven Spielberg é um dos maiores marcos dos filmes de aventura juvenis, e um simbolo da década de 80. Particularmente, é o filme que marcou minha infância, graças aos inúmeros reprises que foram exibidos na década de 90, e um dos meus preferidos de todos os tempos.
  O livro escrito por James Kahn foi lançado simultaneamente ao filme em 1984 e segue fielmente a saga de Mikey, Bocão, Dado, Gordo, Brand, Andy e Stef atrás do tesouro de Willy Caolho para salvar suas casas da hipoteca. A grande diferença é a narrativa, em primeira pessoa, que se dá através da visão de Mikey - aliás, é um grande ponto forte do livro, permitindo que toda a atmosfera juvenil e aventuresca do filme seja transmitida em essência ao leitor. Mikey conta toda a estória incrível pela qual os Goonies passam ao mesmo que todas as suas emoções, pensamentos e anseios adolescentes são descritos, tornando cada detalhe extremamente divertido e nostálgico. É impossível não se imaginar no lugar dele nos colocando em nossa adolescência. Os momentos de bom humor também estão garantidos com Bocão e suas piadas, que aqui são mais ácidas que as transmitidas pelo filme, Dado se enrolando com suas invenções e Gordo sempre atemorizado e atrapalhado. 
  Os momentos mais tocantes também ganham uma profundidade muito grande na obra escrita. Cenas chave como a aparição de Sloth, o poço dos desejos, o beijo no túnel, a câmara do órgão e a sala dos tesouros são descritas de forma fantástica e capazes de emocionar e arrepiar o leitor. O final então, nem se fala. Há ainda outro diferencial em relação ao filme: um epílogo em forma de jornal, descrevendo alguns fatos sobre o destino dos personagens após o fim da saga.
  Tive o prazer de adquirir a edição comemorativa de 30 anos (vide foto acima), lançada pela editora Darkside, que contém um extra muito bacana: um poster-mapa do tesouro de Willy Caolho! Além de muito bonito, o mapa permite que você acompanhe algumas descrições feitas por Mikey sobre a trilha dos personagens rumo ao tesouro do pirata, somando mais um ponto positivo à narrativa escrita. Deve ficar muito bem também emoldurado na parede do quarto.

Poster-mapa do tesouro. Acompanha a edição comemorativa
  Se você nunca assistiu ou sequer ouviu falar dos Goonies, não é desculpa para não conhecer esta obra. O livro possui uma narrativa leve, empolgante, recomendada para qualquer leitor que busque uma estória de aventura que envolva personagens cativantes e um objetivo a ser conquistado pelos heróis. A vontade de assistir ao filme após o término do livro é imediata - e garanto novamente: você não irá se arrepender!


Slooooooooooooth!!!

domingo, 27 de julho de 2014

SAGA HARRY POTTER


Por Rodolfo Bezerra.

Mágico.

Perfeito, perfeito e perfeito.
Dissecar criticamente essa obra levaria dias e dezenas de páginas para que se pudesse fazer justiça à tudo o que esses livros têm a oferecer ao leitor.

Confesso que sempre fui contra a série (sem ter lido-a) devido aos filmes que nunca me atraíram (e que ainda hoje vejo com certas relutâncias).
Porém, quando me foi dada a chance de ler os livros, me encantei completamente pela trama, pela maneira da escritora descrever os fatos e pelos personagens (resumindo: tomei um dos maiores tapas na cara da minha vida. rs).

Harry Potter apresenta uma trama completamente original, mas ao mesmo tempo se utiliza de diversos fatores para manter o enredo vivo e interessante.
Todos os seus mistérios (que lembram muito livros de detetives) e toda sua magia (fazendo conexão com livros de mundos mágicos) são combinações perfeitas para os personagens que apenas vão criando vínculos cada vez mais fortes com os leitores.

Outro fator que torna a série incrível, é que ela amadurece junto com os personagens.
Ou seja, conforme Harry e sua turma vão crescendo (um ano a cada livro), a trama vai ficando mais madura e mais tensa, como se realmente cada livro significasse um ano de faixa etária de censura.

Outro fator incrível de Harry Potter são suas mortes (que não citarei para não dar spoilers). Na série, morre personagens incríveis e muitas das tristezas sentidas pelos personagens nesses momentos são facilmente passadas aos leitores.

A trama principal também é perfeita (Harry vs Voldemort) e conforme cada livro vai sendo lido, mais intensa e incrível a relação dos dois bruxos vai se tornando.

No mais, J. K. Rowling é com certeza uma das melhores escritoras de nossa época, por criar uma saga tão mágica e viciante como Harry Potter.

Não leu ainda??????


O ÚLTIMO EXORCISMO


Por Rodolfo Bezerra


Na verdade... penúltimo.

Na trama, um reverendo charlatão decide fazer seu último exorcismo e gravá-lo com uma câmera, tudo para promover-se na mídia e prolongar sua carreira. Mas, o que ele não esperava é que se depararia com uma situação real de exorcismo e com um caso bem mais diferente do que o que esperava.





Me recuso à assistir filmes de exorcismo (por motivos diversos...), mas à este resolvi dar uma chance.
O filme tem diversas cenas assustadoras e tensas, e isso é um de seus lados bons, mas claro que o forte da trama com certeza são as reviravoltas (três no total) que conseguem tornar o enredo do filme bastante surpreendente desde o início.
Assim sendo, quando você acha que finalmente entendeu a trama, ela dá uma reviravolta e nada mais é o que parece.


Vale à pena por essas reviravoltas e um pouco pelo terror do filme.



Filme normal.

HELENO



Por Diego Betioli

 Como fanático por futebol, a história de grandes jogadores do passado sempre me fascinou. O futebol era mais romantizado, e é neste espaço que figuras como Heleno de Freitas ficariam marcadas para sempre na história. Já tinha ouvido sobre Heleno antes mesmo do filme ser lançado, mas não conhecia muito a respeito. Lendo sua história em um blog esportivo esses dias, fiquei instigado e lembrei-me do filme. Sabia que precisava assisti-lo. Logo!

  Heleno de Freitas foi um dos maiores jogadores da história do Botafogo e da Seleção Brasileira. Marcou 209 gols em 235 jogos pelo clube carioca, e foi campeão da Copa Roca pelo Brasil em 1945 e artilheiro da Copa América do mesmo ano. Tão genial quanto tempestivo, o nome de Heleno ficou marcado pela artilharia nata e pela vida boêmia que levava. Era mulherengo, temperamental e egocêntrico, o que lhe fez colecionar diversos desafetos dentro e também fora das quatro linhas. Casou-se com Ilma, com quem teve um filho - Luiz Eduardo - e foi acometido por sífilis, que o levou à loucura e posteriormente à morte, aos 39 anos de idade. Foi o primeiro jogador brasileiro a receber salários a nível de estrela de cinema. E, de fato, Heleno viveu como uma.



  Dirigido por José Henrique Fonseca, uma das grandes sacadas do filme é sua maravilhosa fotografia. A obra é toda rodada em P & B, o que consegue transmitir de forma natural e satisfatória a ambientação nos anos 40 e 50, e que dá a saga de Heleno o ar de luxúria e boêmia cinquentista que sua vida teve,  e que também torna denso e depressivo a sua passagem pelo sanatório em Barbacena. O filme, aliás, é narrado entre transições do auge de sua carreira, entre os anos 40 e 50, e seus últimos anos em decadência mental e física no fim dos anos 50.
  Quem encarna o Príncipe Maldito é Rodrigo Santoro, que, diga-se de passagem, o faz com maestria. Santoro é um daqueles atores que conseguem de fato captar a essência do que deve representar - no caso, de quem - e não à toa é um dos maiores nomes do cinema brasileiros já há tempos. Sua encarnação do galã debochado e o temperamento explosivo e arredio é mais do que convincente - o folclórico Heleno está presente em cada grito e cantada despejada por Santoro no filme. Fatores marcantes como a frustração de Heleno em nunca ter disputado uma Copa do Mundo, sua paixão pelo Botafogo, o vício em éter e lança-perfume e a violenta auto-cobrança que exercia - exigindo nunca menos do que o máximo de si - são representados em essência pelo ator.




  Na que considero a melhor cena do filme, Heleno demonstra sua paixão pelo Botafogo de maneira ensandecida, resgatando a imagem do jogador de futebol heroico - aquele que jogava pelo clube e pela torcida. Mesmo sendo o mais caro do elenco, Heleno discursa que o jogador deve jogar pela camisa e pela vitória, e que só por ela deveria receber. Ele não precisava daquele dinheiro - já tinha conquistado fama e glória suficientes - mas queria ser campeão pelo Botafogo. Queria jogar uma Copa do Mundo. Mas não conseguiu.
  Como toda obra biográfica, alguns detalhes ficam em segundo plano ou mesmo acabam não sendo contados. Sua passagem pelo Santos não foi retratada, assim como pelo Junior de Barranquila, da Colômbia (a única coisa exibida sobre este período é a relação com prostitutas colombianas). A única partida que disputou no Maracanã, pelo América, é contada bem por cima - Heleno foi expulso ainda no primeiro tempo e esta foi sua última partida como profissional, o que já poderia dar o gancho para sua internação no sanatório. A relação com a mãe, com a qual Heleno é mostrado em conversas por telefone algumas vezes, é pouco aprofundada. No entanto, nenhum destes fatores se torna comprometedor em qualquer aspecto na narrativa da trajetória do craque.
  Seu casamento com Ilma, que no filme se chama Silvia e é interpretada por Alinne Moraes (Ah, Alinne Moraes!...) recebe mais atenção no período anterior ao nascimento do filho, mas se torna fator crucial na queda do astro quando volta da Argentina e vê que ela, assim como seu filho, não farão mais parte de sua vida. Heleno percebe que sempre será, assim como é conhecido o Botafogo, uma Estrela Solitária, em virtude de sua genialidade e a forma de viver no limite, como alguém que não é capaz de abandonar suas convicções e que tem coragem para falar o que vem à mente - um comportamento que acaba sempre por afastar as pessoas.
  Outros personagens de destaque na trama são Alberto (Erom Cordeiro), capitão do Botafogo e melhor amigo de Heleno, a cantora portenha Diamantina (Angie Cepeda), com quem o botafoguense tem um caso, e o presidente do clube, Carlito Rocha, vivido pelo lendário Othon Bastos. Há algumas participações especiais, como um locutor vivido por Gregório Duvivier.




  Heleno não é um filme sobre o futebol em si, mas sobre a ascensão e queda de um homem motivado pela paixão irrefreável por viver e pelo que fazia de melhor. Uma história que vale muito a pena de ser conhecida, e que, no final, nos deixa com uma leve vontade de torcer pelo Botafogo e de, quem sabe, viver um pouco mais intensamente.

Excelente!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

DISTRITO 9



 Por Diego Betioli

 Falar sobre a existência e a possível chegada de alienígenas ao nosso planeta muitas vezes remete ao comportamento humano. E é justamente com a chegada de extraterrestres ao planeta Terra como plano de fundo que Distrito 9 aborda, na verdade, as diversas facetas da existência humana.
  Na trama do longa dirigido por Neil Blomkamp e produzido por Peter Jackson, em 1982 uma gigantesca nave pousou sobre os céus de Johanesburgo, na África do Sul, sem explicação aparente. Os tripulantes da nave, uma raça de alienígenas que passa a ser apelidada de “camarões”, são resgatados em condições de subnutrição e acabam sendo abrigados pelos humanos. Para tal, é criado o Distrito 9 – um gueto militar no qual os aliens são segregados e tratados em condições desfavoráveis.



  Passados 20 anos, a existência dos “camarões” gera não só um ambiente de hostilidade na própria Johanesburgo – os alienígenas se procriaram , cresceram em número e desenvolveram rotinas humanas no Distrito 9 – mas também de grupos ligados aos direitos humanos no mundo todo. Diante da tensão, o Governo sul-africano contrata a MNU, uma empresa militar privada, pra realocar os aliens em um local ainda menor – o Distrito 10. Para comandar a missão de despejo e realocação, é designado Wikus van der Merwe (Sharlto Copley), um sujeito arrogante que possui profundo ódio pela raça de alienígenas, e também genro do cabeça da MNU. A missão tem, na verdade, um plano de fundo muito mais ambicioso do que a simples remoção e segregação dos aliens: a aquisição de todo o arsenal e tecnologia que carregam, o que, nãos mãos certas, poderia gerar muito dinheiro.
  É justamente em meio à esta missão que Wikus assume o papel de protagonista – uma função que até então não era evidenciada no filme. Evitando spoilar muito, pode-se dizer que, devido a um incidente durante a ordem de despejo, Wikus acaba sofrendo uma intervenção que o colocará do outro lado do jogo, ou seja, do lado dos camarões. O personagem passa por uma crise de aceitação e, de caçador, torna-se caça – enfrentando na pele todo o preconceito e ódio que despejava sobre os extraterrestres. Sua única salvação estará nas mãos do alien Christopher – personagem chave na evolução do roteiro e na transformação vivida pelo personagem de Sharlto Copley - e seu pequeno e inteligente filho.



 
  Os aliens são metáfora para a abordagem de diversas crises sociais, como o tratamento dado a imigrantes, a corrida armamentista, o tráfico de influência e o aproveitamento do bem alheio. A existência do tráfico de armas, promovido por nigerianos dentro do Distrito 9, mostra como o comportamento do homem seria exatamente igual ao que é hoje mediante uma invasão alienígena. A raça humana não se uniria em prol de um bem maior. Muito pelo contrário, os problemas sociais existentes seriam ainda mais agravados.
  O grande diferencial de Distrito 9 é ser um filme de ficção científica alienígena que volta seus olhos para dentro, ou seja, não para o espaço, mas para o nosso planeta e para nossa espécie.

Muito bom!

SAGA CREPÚSCULO




Por Rodolfo Bezerra

Vamos a um post polêmico? Ok!

Eis aí uma febre literária que invadiu o mundo do cinema como não se via desde os tempos de Harry Potter, e com um público até um pouco diferente do contemporâneo mago.



A saga Crepúsculo conta a estória de Bella, uma americana qualquer com aquela famosa síndrome de solidão ou aquele compartilhado sentimento de deslocamento social. Tendo seus próprios problemas pessoais (pais separados, etc), ela se muda para a cidade de Forks, um local com uma temperatura totalmente diferente de Phoenix, e com uma população bem diferente também da que ela está acostumada.
Como em qualquer mudança para um jovem, Bella vai tentar encontrar seu espaço nesta cidade e principalmente em sua nova escola, mas ao chegar lá, ela percebe que uma grande fama persegue um grupo de estudantes que, por sinal, são todos irmãos: A família Cullen.
Todos são populares, atraentes e incríveis, porém, isolados. Sempre viajam durante o verão e depois voltam. Moram longe da cidade. Fatores que, em uma escola, cria certa reputação e atenção especial.
Bella mal imagina de início, mas ela começa a se envolver com um deles, Edward Cullen, e daí para frente, sua vida irá mudar de uma maneira como ela jamais imaginaria. Transformações muito maiores do que o simples descobrimento de um amor verdadeiro.

O livro cria sua própria mitologia de vampiros e lobisomens, e isso nunca foi pecado algum no mundo literário. Aqui, os vampiros não morrem ao sol, mas sim, brilham como diamantes ou algo do tipo quando expostos à luz solar. Cruzes, alhos e água benta também não afetam os mortos vivos dessa saga, e os vampiros aqui são mostrados sem o lado malígno ou algo parecido pelo qual estão acostumados e muitas vezes "batidos" por todas as mídias.

Stephenie Meyer criou seu próprio mundo vampiresco, e isso tem de ser respeitado, pois pelos números de vendas, deu certo.

Não se pode dizer que Crepúsculo tenha um valor imortal literário ou que se iguala á clássico da literatura. Claro que não. Mas ele atende perfeitamente ao que se propôs fazer: criar um romance entre uma humana e um vampiro que virasse uma frebre internacional.

E queira ou não, o casal Bella e Edward (e Jacob...) ficará para sempre conhecido no mundo literário, seja pelos aspectos bons (para quem gosta) ou ruins (para quem não aprecia a saga).

Fica também bastante claro que os filmes estragaram um pouco os encantos dos livros (que enquanto não tinham virado febres no cinema, eram livros bastante cultuados pelos fãs antes mesmo de chegar ao Brasil) com atuações fracas dos protagonistas e com uma visão bem mais comercial do que os livros.

E por que esse post é polêmico?
Porque sou homem e fã e defensor da saga escrita. XD


Muito bom!

007 CASSINO ROYALE




Por Rodolfo Bezerra

 E eu pensando que Skyfall me fez gostar do James Bond.

Na trama, o agente mais conhecido do mundo cinematográfico é apresentado em sua primeira missão, onde tem de perseguir Le Chiffre, um mafioso que estará em um torneio de pôker extremamente difícil de ser vencido.




Logo de cara, no início do filme, já fica bem claro que se trata de um James Bond diferente dos demais. Mais agressivo, mais violento, mais explosivo. Daniel Craig traz em sua atuação toda a "modernidade" que a série precisava ou esperava apresentar, interpretando um 007 bem mais "maleável" e adequado aos padrões atuais de filmes de ação.
 
O Craig arrasa no filme. Fora que, vale ressaltar as cenas do jogo do pôker que botam qualquer coração na garganta. O incrível é que você se pega realmente torcendo para ele ganhar.

E quando parece que o filme está em seu fim... Boom! Revelação da trama! Mais que aprovado como James Bond.

Excelente!

domingo, 20 de julho de 2014

CRÔNICAS DE NÁRNIA



Por Rodolfo Bezerra

 É com certeza um livro incrível.
Nessa versão, estão os sete livros das Crônicas de Nárnia compilados em um único livro.

Na trama, através de um guarda roupa, quatro crianças humanas são levadas a um lugar mágico, chamado Nárnia, um mundo onde os animais falam e muitas outras coisas fantásticas acontecem, mas que no presente, sofre com um inverno que não tem fim, e cuja razão se encontra em uma feiticeira.
Daí para frente e nos livros seguintes, a trama se desenrola, misturando aventura, filosofia, teologia, ação, comédia e toda uma mistura de fatores que fizeram de Crônicas de Nárnia um dos melhores livros de todos os tempos.

Ele é totalmente diferente do que parece ou da ideologia que demonstra através da mídia do cinema.
Quem não conhece a estória, pode acabar sendo guiado pelos filmes, que em sua maioria se apresenta apenas como uma grande aventura fantasiosa e nada mais. Uma pena, pois este livro tem muito à que acrescentar ao mundo, principalmente às crianças no que condiz à religiosidade, inocência, sonhos, perseverança e a manter a infância em seu sentido mais puro (coisa que sabemos ser raridade hoje em dia com as crianças querendo deixar de serem crianças).

Comprei pensando que iria ler um livro de aventura e acabei descobrindo que ele na verdade possuía um sentido totalmente cristão. Esse livro foi uma das maiores aulas de teologia cristã que já li.


C. S. Lewis demonstra ser um gênio da literatura neste livro.

Excelente!

SEMPRE AO SEU LADO



Por Rodolfo Bezerra


Sabe aquele filme triste que passa bem no dia em que você está mais triste? Então... o dia foi ontem e o filme se chama Sempre Ao Seu Lado.

Na trama, Parker é um professor universitário que acaba criando um vínculo incrível com um cachorro de raça japonesa, que acaba ganhando o nome de Hachiko.
O cão sempre aguarda seu dono voltar do trabalho, e isso acaba sendo o marco central do filme.
O longa, baseado em uma história real, acaba sendo extremamente tocante e bem trabalhado. Difícil não se emocionar durante a duração do filme ou pelo menos não ser um pouco tocado pela incrível amizade que se forma entre Peter e Hachiko.   

Do meio para frente só posso dizer que eu... (lado machão censurou essa parte). 


O filme trata principalmente de lealdade. Quem tem animais sabem que os sentimentos deles muitas vezes são mais verdadeiros do que o de muitas pessoas. Hachi é um exemplo de fidelidade que consegue realmente fazer acontecer o SEMPRE.

Excelente! OBS: perigo extremo de lágrimas.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A BATALHA DO APOCALIPSE


Por Diego Betioli

   Uma sólida obra do gênero fantasia na literatura nacional recente. A Batalha do Apocalipse foi escrito pelo jornalista brasileiro Eduardo Spohr, até então mais conhecido como um dos colaboradores do Jovem Nerd, um dos sites de cultura nerd mais respeitados do país. Foi pelo site que a obra teve sua primeira publicação, em 2007, sendo lançada pelo selo editorial dos mesmos em 2009. Sucesso entre os fãs do Jovem Nerd, o livro se tornou conhecido pelo grande público após o lançamento definitivo pela editora Verus no ano seguinte.
  Na trama, Deus está em um profundo sono durante o sétimo dia da Criação - o dia do descanso. O dia divino, no caso, corresponde a milhares de anos. Aproveitando-se da ausência da Ordem divina, o arcanjo Miguel - o príncipe dos anjos - rebelou-se contra seu Criador, em virtude do seu amor aos humanos, e decidiu liderar um golpe para tomar o controle dos Céus e vingar-se da raça humana. Uma grande batalha foi travada entre os seguidores de Miguel e os anjos que eram fiéis ao Senhor.
 Traídos por Lúcifer, os rebeldes foram derrotados por Miguel e assim condenados ao exílio no mundo dos homens. E é aí que entra o protagonista da história - Ablon. Ex-general das tropas celestiais, é um guerreiro formidável que vive no Rio de Janeiro sob a aparência de um humano comum (assim como os demais exilados). Após milhares de anos, o Armaggeddon enfim se aproxima e Ablon recebe o convite de ninguém menos que Lúcifer - o senhor do submundo e traidor dos céus, sendo um dos responsáveis pelo exílio do ex-general - para se juntar a seus guerreiros e acabar com a tirania de Miguel. A escolha de Ablon será decisiva para o futuro da humanidade - e porque não do céu e o inferno. Para isso, contará com a ajuda da feiticeira Shamira e de outros aliados que se apresentam ao desenrolar da história. Personagens muito bem construídos, por sinal.
  A narração é feita entre acontecimentos do presente e flashbacks de Ablon - estes, narrados em primeira pessoa. A história de Ablon na Terra é, talvez, o fator mais fascinante deste livro, pois é uma passagem pela própria história da humanidade. Enquanto os principais fatos que conduziram Ablon até o presente são narrados, o leitor viaja por diversos lugares e momentos históricos do mundo - da Babilônia à antiga Roma, da China à Grã-Bretanha Medieval. Filho de um piloto de avião, o autor teve a oportunidade de conhecer diversos lugares no mundo - esta bagagem, com certeza aliada à uma minuciosa pesquisa histórica, foi fundamental para que Spohr criasse uma aventura ambientada de forma fantástica e diferenciada.
  Eduardo Spohr também conseguiu, de forma contundente, juntar o contexto histórico à aparição de criaturas/entidades ligadas a diversas culturas, como harpias, fadas e deuses celtas, aliando fantasia, teologia e história de uma maneira jamais vista. Como definiu o escritor José Louzeiro: "Não há na literatura em língua portuguesa conhecida nada que se pareça com A Batalha do Apocalipse".

Excelente!






domingo, 13 de julho de 2014

O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS


Por André Betioli 

“Meu pai disse que no futebol todo mundo pode falhar, menos o goleiro. Eles são jogadores diferentes porque passam toda a sua vida ali, sozinhos, esperando o pior!”

 O cenário do longa é o Brasil, no ano de 1970. A Copa do Mundo do México está prestes a começar e o país passa por um momento conturbado devido a ditadura. O protagonista do filme é Mauro (Michel Joelsas), uma criança de 12 anos, grande fã de futebol e da Seleção Brasileira. Em determinado dia, seus pais saem as pressas, alegando que irão sair de férias e que irão deixá-lo com seu avô. Porém o avó do menino falece naquele mesmo dia, e então Mauro tem que tentar se adaptar a sua nova realidade. Um vizinho de seu avó, o judeu Shlomo (Germano Haiut) é quem acaba acolhendo o garoto nesse momento.
 O filme é muito, mas muito interessante mesmo. Porque o diretor Cao Hambuguer, conseguiu mesclar muitos assuntos e não perder o significado deles. Durante o desenrolar do longa, são abordados diversos temas como: ditadura, futebol, política, amizade e solidão. Mauro é apenas uma criança, e é por esse ponto de vista que o filme é visualizado. Então mesmo falando sobre a ditadura, o filme não pende para esse lado, mas ainda assim nota-se como o clima no país era complicado, devido a tantas perseguições.
 A dualidade do filme, onde o Brasil regido pela ditadura, pela solidão de Mauro que aguarda a volta de seus pais em contraste com a felicidade da Copa do Mundo, é um ponto muito forte da obra. Mostrar os dois lados da moeda. A seleção Brasileira comandada por Pelé, conseguia arrancar sorrisos e dar esperança, em todos os grupos de pessoas. Aliás, o futebol em alguns momentos é utilizado como uma analogia em relação a situação de Mauro. O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias é um grande filme, que retrata com sutileza, e a inocência de uma criança, tantos problemas e alegrias que o Brasil passou. E que no final talvez, nem tudo na vida se resuma ao futebol, mas ainda assim, ele é muito importante para o país.

Muito Bom!                        



sexta-feira, 4 de julho de 2014

ÍCONES DOS QUADRINHOS



Por Diego Betioli

 Uma das mais belas homenagens já feitas aos quadrinhos. Em uma iniciativa inédita no país, o autor Ivan Freitas da Costa (sócio da Chiaroscuro Studios e um dos organizadores da Comic Con Experience) reuniu 100 artistas nacionais e internacionais para prestarem homenagem aos grandes ícones da história mundial dos quadrinhos. Cada artista escolheu um personagem histórico de sua preferência e o retratou de acordo com seu próprio traço, resultando em uma experiência incrível e muito agradável.
  O projeto foi todo financiado por meio do Catarse e contou com ampla divulgação por parte dos artistas convidados, entre eles os consagrados Ivan Reis, Eddy Barrows e Mike Deodato. Fui um dos financiadores e tive o privilégio de receber esta obra em casa, com uma encadernação sensacional e o autógrafo do autor.
  O livro é de encher os olhos, trazendo uma arte mais bela que a outra. É difícil destacar as melhores, pois cada artista conseguiu fazer de fato um grande trabalho. Chamaram-me bastante atenção as versões de Asterix & Obelix (Rafael Albuquerque), Astro Boy (Ivan Reis), Calvin & Haroldo (Eddy Barrows), Dragon Ball (Eduardo Pansica), Garfield (Alisson Borges), Hagar, O Horrível (Mahmud Asrar), Liga da Justiça (Ana Luiza Koehler), Popeye (Amilcar Pinna), Rê Bordosa (Jheremy Raapack), Spirit (Will Conrad), Tex (Mike Deodato), Vagabond (Salvador Sanz) e X-Men (Felipe Massafera).

Tex, por Mike Deodato (Fonte: Pipoca & Nanquim)
  A obra possui seus textos tanto em português como inglês, tendo como público-alvo tanto os fãs nacionais de quadrinhos quanto os estrangeiros. Uma iniciativa como esta certamente ajuda a divulgar e muito o talento de diversos quadrinistas brasileiros, muitos ainda desconhecidos mesmo por aqui.
  Leitura recomendada para todo bom fã de HQ. E para quem aprecia ilustrações como um todo.

Excelente!